A população periférica foi a que mais contraiu a covid-19 na cidade de São Paulo, segundo o inquérito sorológico apresentado ontem pela Prefeitura de São Paulo.
A maior incidência do vírus ocorre nos extremos das zonas sul, leste e norte, nos distritos com os mais baixos IDH (Índices de Desenvolvimento Humano), como Grajaú, Jardim Ângela, Guaianases, Jardim Helena, Perus e Brasilândia, dentre outros.
Pelos dados, um morador da zona sul tem quase quatro vezes mais chance de ter a doença do que outro da centro-oeste. Pelo levantamento, 13,6% da população da capital contraiu a covid —o que representa 1.614 milhão de pessoas.
O número pode chegar a 15,8%, pela margem de erro. O dado é semelhante ao da fase 5, de 13,9%, obtido em setembro.
Proporcionalmente, a distribuição da doença é maior na zona sul, com 19,9% de incidência para o total de moradores —ou seja, praticamente um a cada cinco residentes na região.
Na sequência, as mais afetadas são as zonas norte (13,8%), leste (11,8%), sudeste (10,3%) e centro-oeste (5,5%) —essa última voltou aos índices das fases anteriores após ter alta em setembro (com 10,3% na época), o que pode ocorrer por algum desvio na margem de erro.
O perfil de contágio é de pessoas jovens e adultos de até 49 anos, das classes D e E, negros e pardos, que moram em área de IDH baixo, com baixa escolaridade e com baixa escolaridade e que não estão em teletrabalho.
"A doença jogou luz para a desigualdade social na cidade de São Paulo", como observou o prefeito Bruno Covas na coletiva de ontem. Outro dado do levantamento é que 35,3% dos casos foram assintomáticos. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo"
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